Amantes Eternos

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Um relacionamento pode ser perfeito? Para Adam (Tom Hiddleston, o sensacional Loki de ”Os Vingadores”) e Eve (Tilda Swinton), pode. O casal de vampiros está junto a séculos. Os dois são muito inteligentes e bem de vida – Adam coleciona guitarras; Eve coleciona livros. Junto, o casal joga xadrez e aprecia sangue de boa qualidade. Eles sentem tédio o tempo todo, pois, além de não poderem sair na rua sem óculos escuros, sabem que a humanidade está cada vez pior, mais vazia, mais sem graça e mais sem tempo.
Incomodado com sua ”vida”, Adam decide se matar.

Eve, que mora no Oriente Médio, decide então voltar aos Estados Unidos para cuidar de Adam e impedir que ele faça uma besteira. Em tempos de crise no relacionamento, os dois começam a sonhar com Ava (Mia Wasikowska), a irmã de Eve, que pouco tempo depois aparece para estragar a paz do casal. Ava é chata, mimada, está sempre com fome e começa a se jogar para cima de Ian (Anton Yelchin, de ”Star Trek”), apenas para irritar Adam. Após Ava cometer um erro, Eve e Adam precisam resolver o problema que a garota arranjou.

Tudo no filme faz sentido: as roupas, a trilha sonora, o clima soturno. O trio principal demonstra sintonia. É interessante ver Tilda Swinton usando uma longa peruca,  já que na vida real a atriz usa um corte de cabelo bem curto e andrógino. Mesmo com a primeira meia hora do filme sendo um pouco parada, o filme é redondo, completo e bonito. ”Amantes Eternos” não é para ser entendido, apenas apreciado, como uma obra de arte.  O diretor Jim Jarmusch (”Estranhos no Paraíso”; ”Flores Partidas”) fez um excelente trabalho.

 

 

Cotação: Muito bom