‘Assassinato no Expresso do Oriente’ foi inspirado em história real

Em ”Assassinato no Expresso do Oriente”, o detetive belga Hercule Poirot precisa resolver o sinistro caso da morte de um bonachão norte-americano. Escrito por ninguém menos que Agatha Christie, o livro é sucesso de vendas no mundo todo.

Durante a história, encontramos pistas que ligam o morto ao caso da menininha Daisy Armstrong, sequestrada anos antes. Poirot deduz que Ratchett,a vítima, é na verdade um mafioso chamado Cassetti, que sequestrou a herdeira de 3 anos e recebeu US$ 200 mil como resgate, antes que o cadáver da criança fosse descoberto. Rico, ele conseguiu escapar da condenação e fugir do país. A narrativa do livro se centra em torno de quem no trem assassinou Ratchett.

O caso fictício de Daisy Armstrong pareceu familiar para os leitores em meados da década de 1930, que seguiram a cobertura do sequestro do bebê filho do famoso aviador Charles Lindbergh. Em 1º de março de 1932, a criança de 20 meses desapareceu de seu berço. Uma nota de resgate afixada na janela do berçário de sua casa em Nova Jersey (EUA) exigia US$ 50 mil dólares.

Tanto na fantasia como na vida real, os corpos das crianças foram descobertos depois do resgate ser pago na íntegra. Cassetti matou Daisy pouco depois de sequestrá-la, e o corpo de Charles Jr. foi encontrado a quatro milhas da propriedade Lindbergh.

O livro foi extremamente popular quando lançado, e o especialista de Lindbergh, Robert Zorn, afirma que os paralelos entre Daisy e Charles Jr. devem ter sido óbvios para as pessoas. Agatha Christie até teve sua própria visão sobre o caso: ela suspeitava que o sequestro tivesse sido feito por um estrangeiro, palpite que revelou-se correto quando o culpado foi descoberto como o imigrante alemão Richard Hauptmann. “Eu acho que ela teve uma melhor intuição para chegar nisso do que muitos dos investigadores”, afirma o perito.

Também como no romance, Christie ficou presa em um trem. Ela adorava viajar no Expresso do Oriente e em um passeio em 1931, o trem parou por causa de uma inundação. “Meu querido, que viagem!”, escreveu em uma carta ao segundo marido, Max Mallowan. “Começou em Istambul uma violenta tempestade de trovões. Nós fomos muito lentamente durante a noite e cerca de 3 a.m. paramos completamente.” 

 

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