Crítica: ”Portátil”

Improvisar por mais de uma hora no palco não é mole. Mas João Vicente de Castro, Gregorio Duvivier, Luis Lobianco, Gustavo Miranda e Andres Giraldo fazem tudo parecer fácil no espetáculo ”Portátil”, que ganhou mais uma temporada no Rio de Janeiro.

No início da peça, são feitas perguntas para conhecer a platéia da noite: onde moram, se são casados, se são pais ou filhos, se já assistiram ao espetáculo antes. A partir daí, algumas pessoas compartilham suas histórias vida e contam como seus pais se conheceram. Algumas histórias são curiosas, como a da filha de dois médicos, cujos pais se conheceram quando seu pai interpretou um prisioneiro numa peça da faculdade.

A história da última semana incluía um trem, uma igreja e um militar careca, que fez a plateia gargalhar do começo ao fim. O grupo se conhece bem e sabe interpretar a deixa de cada um para fazer seu próprio show, e no fim, todos brilham juntos. O humorista colombiano Gustavo Miranda se destaca por ser um dos rostos menos conhecidos do grupo e por dar o tom certo aos personagens femininos, enquanto Gregorio é alvo de piadas por conta de sua plantação de ervas particular. Se você quer se divertir e apreciar um espetáculo leve e bem bolado, não perca ”Portátil”, em cartaz até o início de abril no Rio de Janeiro.

 

Cotação: Bom