Daniel Radcliffe sobre críticas: “Quero te constranger com meu sucesso”

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Do aprendiz de feiticeiro Harry Potter ao poeta da geração beat Allen Ginsberg, o ator Daniel Radcliffe já encarou uma variedade de papéis em filmes de fantasia e de época, mas finalmente entra no mundo real em seu filme mais recente.

Na comédia romântica “Será Que”, que estreia essa semana nos cinemas norte-americanos, Radcliffe interpreta Wallace, um jovem abalado por romances anteriores que se apaixona de uma garota comprometida.
O ator britânico de 25 anos conversou com a Reuters sobre deixar “Potter” para trás e provar que seus críticos estão errados.

Você já fez ação, fantasia e terror, mas nunca uma comédia romântica. O que o atraiu em “Será Que“?
Eu nunca tinha feito um projeto contemporâneo que se passa no mundo em que estamos e que reconhecemos. Potter vivia no seu próprio mundo de fantasia e tudo que fiz foram filmes de época, fazia tempo que queria fazer um personagem contemporâneo.

O que você teve chance de explorar interpretando Wallace?
Foi a primeira vez que fiz um personagem que se parece muito comigo, não em termos de decisões que toma ou da maneira como lida com as coisas, mas de seu senso de humor e sua velocidade de pensamento. Eu temia muito que interpretar a mim mesmo, ou não interpretar alguém muito diferente de mim, faria as pessoas pensarem em Harry Potter. E aí me dei conta de que não fazia eu mesmo em Harry Potter. Fazia um personagem muito diferente, muito mais sisudo que eu mesmo. Então acho que deixei um pouco dessa vergonha para trás, e com certeza isso facilitou as coisas.

Você foi criticado por seus desempenhos na tela no começo de sua carreira como Potter. Isso fortaleceu sua determinação?
Ah sim, para provar que estavam errados, qualquer um que tenha dito que não consigo fazer algo –e isso soa terrível–, mas eu de fato quero que cada filme seja um f**** para eles. Se você diz coisas terríveis para um menino de 12 anos, então sim, quero que você pague por isso, quero te constranger com meu sucesso. E, bom, é o que faço [risos], não sou do tipo que implica com as coisas ou que fica furioso, mas tenho um lado competitivo muito forte, e suponho que ele se manifeste assim. E no tênis de mesa.

Que estilo você gostaria de encarar?
Sempre achei ficção científica muito divertida por causa dos cenários. E se for um bom filme de ficção científica, inteligente, com uma abordagem interessante sobre o futuro, então meu Deus, estou nessa. Adoraria estar no set de filmagem de uma nave espacial.

Como se lida com a fama?
Não se lida. A única maneira de atravessar isso de maneira sã é prestar tão pouca atenção quanto possível. É estranho que as pessoas tirem fotos suas, que alguém ligue que você foi fazer compras. Sempre têm que arrumar uma manchete, como “Daniel Radcliffe e namorada vão às compras juntos?, porque isso dá uma reportagem. Se não é isso é algum… maluco tirando fotos suas na rua, e se não há uma manchete, fica nisso.

Você já atua há 15 anos. Algum dia vai parar?
Existe uma possibilidade, mas amo tanto o que faço que não acho que me veria fazendo outra coisa. Não consigo imaginar alguém me dizendo amanhã “você nunca mais vai pisar em um set de filmagem”. Honestamente não sei o que faria. Não imagino minha vida sem isso.

 

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