Festival do Rio: ”Victoria e Abdul”

Ano de 1887. A rainha Victoria da Inglaterra (Judi Dench, maravilhosa) irá comemorar seu Jubileu de Ouro e na comemoração está incluída a viagem de dois indianos para entregar a ela uma moeda comemorativa, já que ela também é soberana na Índia. Numa reviravolta inesperada, ela fica amiga do indiano Abdul (Ali Fazal), para desespero de Sir Henry (Tim Pigott-Smith), do médico Dr. Reid (Paul Higgins) e de seu filho Bertie (Eddie Izzard), que acham que Abdul está armando um plano para prejudicar a Inglaterra.

A rainha se abre com o novo amigo e divide com ele as aflições de seu posto, além que querer aprender mais sobre a cultura da Índia e pede que ele seja seu professor de urdu, uma das línguas faladas no país. Victoria já está cansada dos jantares longos, da vida monótona, e sendo obesa e surda de um ouvido, não lhe resta muito o que fazer. O falante Abdul é uma boa companhia, pois conta a ela histórias sobre sua vida, sobre sua família e também sobre a soberania inglesa em seu país. Conforme o servo vai conquistando a confiança da rainha, mais jogos políticos vão sendo arquitetados no palácio para acabar de uma vez por todas com essa amizade.
O filme do britânico  Stephen Frears (”Alta fidelidade”, ”A Rainha”) encanta pela sutileza e pela fotografia de Danny Cohen (”O discurso do Rei”, ”Os Miseráveis”). A dupla soube usar as cenas externas, principalmente as que demonstram a mudança das estações na Inglaterra, para dar o tom de uma amizade tão incomum e especial. A dupla Dench e Fazal brilha em cena e traz veracidade.
O filme é indicado não só para aqueles que gostam de dramas históricos, mas para todos que buscam um filme para se emocionar.

 

Cotação: Bom