Jude Law faz vilão em novo ‘Rei Arthur’ e diz: ‘Difícil é ser o cara simpático’

Jude Law já interpretou o amável John Watson nos dois filmes “Sherlock Holmes” (2009 e 2011), dirigidos por Guy Ritchie. Agora, mostra outra faceta para as câmeras do diretor britânico. Guy ofereceu a ele o papel do vilão Vortigern em “Rei Arthur – A Lenda da Espada”, que estreia na quinta-feira (18).

“Há tantas variações da lenda que acho que o que me atraiu é que Guy estava ansioso para usá-la como um jeito de desenhar em cima do folclore britânico. Não queria inserir essa lenda em uma época muito específica ou buscar um realismo ou uma verdade histórica”, explica Law.

Era difícil pensar que se estava na frente do galã de 44 anos, conhecido por fazer “Closer: Perto Demais” e “Alfie: O Sedutor”. Law gesticulava com simpatia, mas usava uma roupa bem pesada e vários acessórios de metal.

“Provavelmente o que me atraiu é que combina com a minha interpretação do que é a lenda que foi construída e evoluiu com o tempo. É algo oposto à história contada em ‘A espada era a lei’, da Disney, ou ‘Excalibur’, de John Boorman”, compara.

Law conta que conversou com Guy Ritchie sobre a batalha de seu personagem com o ego. “O ego é o diabo em todos nós e eu estava curioso em construir alguém que, por todas as intenções e fins, poderia ser apenas o vilão, mas quis ser apresentado em camadas e adicionar as motivações necessárias, vulnerabilidades e ambições”, diz.

“Eu sempre tive a ideia de que os caras maus nunca acham que eles são os caras maus. Eles sempre pensam que são os bons e os bons são os maus, então, quando você aplica, isso se torna bastante interessante”, explica Jude Law, sobre seu personagem.

“Vortigern acha que a maneira como ele está governando o país é a melhor maneira e que as pessoas precisam ser domesticadas e controladas”, completa.

“É mais difícil interpretar um cara bonzinho do que um vilão, porque a principal demanda para um ator é ser legal. Você tem que trabalhar duro para ser simpático, a sua simpatia pode virar o irritantemente bonzinho. É bem desafiador ser um bom rapaz”, diz o ator, rindo.

Aquele típico humor britânico

Law diz que há neste novo “Rei Arthur” aquele humor britânico típico dos filmes de Guy Ritchie, mas não em suas cenas, que são bem mais sombrias. Ele também não divide muito o set com o protagonista Charlie Hunnam, com quem contracenou uma vez em “Cold Mountain” há 13 anos.

Com quase 30 anos de carreira, Law já foi dirigido por nomes como Martin Scorsese, Clint Eastwood, David Cronenberg, Anthony Minghella, Steven Spielberg, Mike Nichols, Steven Soderbergh e o brasileiro Fernando Meirelles.

“Eu tenho muita sorte de ter trabalhado com vários diretores e o que é legal é a dinâmica que você estabelece porque você entende o processo de trabalho e o processo de criatividade deles”, diz. “Com Guy, o processo é colaborativo e ele deixa bem claro por que ele te contratou, então como ator você não está sendo solicitado a fazer nada que você não possa” conta o ator.

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