Os 15 melhores filmes de 2015

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Demorou mas saiu: confira nossa lista de filmes preferidos do ano!  :))))

 

Escolhas de Bia:

Chappie

Num futuro muito coerente com o presente que vivemos, unidades de polícia robóticas são implantadas pra a contenção de crimes na África do Sul. Deon Wilson (Dev Patel), o engenheiro mecatrônico criador dos sentinelas, tem como objetivo encontrar a forma de fabricar uma máquina que possa reproduzir os sentimentos humanos. Após muitas tentativas, Wilson consegue criar a memória artificial perfeita, que acaba se tornando Chappie – um robô com sentimentos e capacidade de tomar suas próprias decisões.

Chappie, para mim, é um dos melhores filmes deste ano, pois contém um ‘Q’ de realidade, mesmo que seu cenário seja mais apocalíptico e o início do que poderia ser lido como cyberpunk. O filme flui com uma facilidade muito grande e possui um elenco muito completo, incluindo, além do próprio Dev Patel, Hugh Jackman, Sigourney Weaver, a dupla Die Antwoord e Sharlto Copley (interpretando Chappie). Trazendo uma carga considerável de comédio e drama – muito bem trabalhadas, levando em consideração que essas são sensações praticamente opostas – Chappie é um filme muito bem costurado e que beira o realismo, deixando a reflexão: e se fossemos capazes de criar memórias artificiais?

 

 

 

A Colina Escarlate

Além da direção já comprovadamente brilhante de Guilhermo del Toro, A Colina Escarlate chegou aos cinemas como um refresco em meio aos filmes de ação e aos filmes com plots trabalhadas no clichê. A Colina Escarlate conta a história da aspirante a escritora Edith (Mia Wasikowska) que, após se apaixonar por Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston), se muda com ele e sua irmã – Lady Lucille (Jessica Chastain) – para a Colina Escarlate, a mansão dos irmãos Sharpe.

No entanto, existe algo de errado com o lugar e Edith passa a ser visitada por fantasmas medonhos. O filme possui a marca de del Toro, com a estética relembrando filmes como ”O Labirinto do Fauno” e o teor de suspense que remete ao Os Olhos de Julia. Como fã do diretor, meus dizeres são um tanto quanto parciais, mas ainda assim acredito que este tenha sido um dos melhores filmes do ano, pois foi um dos que fugiu da ideia do óbvio ou do previsível. Além disse, Guilhermo del Toro se mostra muito feliz em trabalhar com a sensação de repulsa pelo grotesco do público – o que deixa o filme muito mais interessante e intrigante para quem gosta do gênero e da estética.

 

 

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Star Wars: O Despertar da Força

O filme mais esperado do ano – pelo menos por parte dos fãs do universo de Star Wars – não deixou a desejar. Talvez o único defeito mais chamativo tenha sido a pouca exploração de alguns personagens secundários (como a Captain Phasma – interpretada por Gwendoline Christie), mesmo que esse seja um defeito que possa vir a ser remediado nos outros dois filmes – ou não.

No mais, Star Wars: O Despertar da Força, foi muito bem sucedido a respeito da apresentação de novos personagens e na reapresentação dos antigos. Rey (Daisy Ridley) e Finn (John Boyega) se mostraram fortes heróis, enquanto o vilão Kylo Ren (Adam Driver) parece conter a fórmula perfeita para a inspiração de amor e ódio por parte do público. A reaparição dos icônicos Han Solo (Harrison Ford) e Chewbacca (Peter Mayhew) trouxe de volta toda a fraternidade e alívio cômico característicos da dupla. A apresentação do dróide BB-8 parece terse encaixado perfeitamente com aquilo que era visto entre C-3PO (Anthony Daniels) e o R2-D2 (Kenny Baker), mas em apenas um pequeno dróide com uma forte personalidade.J. J. Abrams se mostrou um fã fiel que respeita o deseja de um dos fandoms cinematográficos mais fiéis e massivos, seguindo a lógica do Episódio IV e, ainda assim, trabalhando muito bem com a ideia da continuidade após a queda do Império.

Na minha opinião, Star Wars foi o melhor filme do ano, pois – para além de motivos pessoais e completamente parciais que uma fã poderia ser – se mostrou uma produção sólida, segura e fiel, capaz de atrair novos fãs, mas ainda assim sem destruir o imaginário do fã mais antigo.

 

Escolhas de Luisa

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Amy

O documentário sobre a vida de Amy foi muito bem desenhado. O diretor Asif Kapadia soube manter um equilíbrio entre mostrar com bastante êxito o grande potencial musical de Amy Winehouse, fazendo o espectador se apaixonar novamente pelo seu talento a cada cena trazida de momentos impecáveis dela no palco, e exibir os momentos de derrota em sua glória.

Conseguiu remontar a história da vida dela, e até justificar a raíz de seus problemas com as drogas e com o álcool, sua falta de limites, sua criação, sua relação com os pais, amigos e amores, e a relação com si mesma, o corpo em ruínas, como se fosse uma forma de se punir por tamanha confusão dentro de sua cabeça. O talento imensurável de Amy é emocionante de ver e sentir, difícil é entender como um ser humano se sentia tão desconfortável e infeliz com seu próprio corpo.

 

An (Sabor da Vida)

Uma das obras primas de 2015, o filme da diretora Naomi Kawase é sobre a delicadeza que ainda pode existir nas relações entre as pessoas no mundo atual, além de proporcionar o contato com uma cultura tão diferente da nossa. A história é sobre o encontro entre uma senhora que representa com fidelidade as tradições culturais e espirituais japonesas, com uma jovem menina criada no mundo superficial da atualidade. A ponte entre as duas personagens é o menino que trabalha na loja de doces caseiros feitos de feijão.

O filme consegue passar os valores de compaixão e a necessidade de olhar além das coisas materiais, notar a alegria e o amor ao próximos nos detalhes. Além da trama completamente envolvente e tocante, Naomi consegue trazer uma fotografia rica em cores leves, contrastantes e imagens poéticas, do branco, ao verde e às cores claras da natureza japonesa, das flores aos rios e ruas, às cores dos alimentos.

 

Carol

Acolhido por Cannes e altamente premiado pelo mundo, a recém lançada obra da talentosa Cate Blanchett, o filme ”Carol” encanta pelo drama romântico envolvente e delicado, além de saltar aos olhos a atuação impecável de Rooney Mara, sua companheira de tela. As protagonistas se entendem perfeitamente em cena e resgatam questões pertinentes numa época nem tão distante da nossa.

O diretor Todd Haynes capta o que há de melhor na relação entre as duas mulheres sem se tornar piegas, e faz o espectador vibrar com as personagens, salientando para as injustiças de uma época. O filme é uma crítica e é também um poema de amor impossível, resta saber apreciar.

 

Escolhas de Clarissa:

Cássia

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Falei sobre esse documentário fantástico aqui. Nele, conhecemos uma parte da cantora Cássia Eller que nem todos tinham acesso: uma mãe coruja, amiga dos amigos, uma pessoa que era fera, bicho, anjo e mulher.
A partir de depoimentos de diversas pessoas que conviveram com a cantora, inclusive de seu filho Chicão, o filme vai se desenrolando de forma leve, num misto de nostalgia, saudade e orgulho. Vale a pena assistir e se emocionar.

 

Whiplash

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Assisti esse filme alguns dias depois do Carnaval de 2015 – na verdade, já havia assistido em casa, em janeiro, com uma qualidade bem ruim. A curiosidade era tanta que achei que valia a pena. O filme, que é um drama, mostra a vida do baterista Andrew e sua relação com o professor Fletcher, que é super carrasco com seus alunos e vai fazer da vida de Andrew um inferno.

Com boas reviravoltas, a trama é incrível e o trabalho de J. K. Simmons como professor linha dura impressiona. O filme chegou ao Brasil exatamente um ano após ter sido lançado nos EUA.

 

O Homem Irracional

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Escrevi sobre esse filme aqui e se você parar para assistir quando tiver um tempinho, não vai se arrepender.
Não é sempre que Woody Allen acerta, mas em ”O homem irracional” tudo flui de maneira perfeita e, com um final bastante pitoresco, o filme agrada e diverte.

Emma Stone e Joaquin Phoenix estão excelentes como aluna e professor, e a trama é bem desenhada e interessante. Se você, por qualquer motivo, não é um fã de Woody, assista esse filme e se encante.

 

 

Escolhas de Gabriel:

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Birdman

Apesar do lançamento oficial ter acontecido em Outubro de 2014, nos EUA, aqui no Brasil Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) só estreou em janeiro de 2015, por isso ele ainda entra nos meu Top 2015. Indicado a 9 categorias e vencedor de 4 Oscars 2015 (incluindo Melhor Filme), Birdman é um filme provocativo e bem montado. Usa em excesso os planos sequências – que é a tendência do momento, inclusive em videoclipes – e conta com atuações fabulosas de Michael Keaton e Edward Norton.

 

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Kingsman – Serviço Secreto

Sabe aquele filme que vc vai assistir sem esperar muita coisa? Pois é, uma das surpresas mais agradáveis de 2015 veio, sem dúvida, através do serviço secreto da rainha. ”Kingsman” é a adaptação de um quadrinho escrito por Dave Gibbons e Mark Millar (criador de ”Kick Ass”) e dirigido por Matthew Vaughn – diretor de Kick-Ass (2010) e X-Men: Primeira Classe (2011).

O charme do filme fica por conta do humor sutil, do roteiro impecável, das atuações exemplares, das cenas de ação de tirar o fôlego etc etc etc. Não é apenas uma coisa que faz de ”Kingsman” um dos melhores filmes de ação de 2015 – o filme inteiro é uma aula de como adaptar uma história em quadrinhos para o cinema sem perder a essência e sem criar desinteresse do público que não é fã.
A Clarissa escreveu uma crítica ótima sobre o filme. L-E-I-A!

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Mad Max – Estrada da Fúria

O meu top supremo não poderia deixar de ter esse filme! ”Mad Max – Estrada da Fúria” quebrou todos os padrões e clichês de sequências, continuações, remakes etc. Trouxe de volta um dos personagens ícone dos anos 80 sem ter que recontar nada (aprende aí Sony e faz isso com o Homem-Aranha), e na verdade o personagem Max (Tom Hardy) quase não fala nada… a real é que ele nem é o centro da trama! 

Apesar disso é impossível não se identificar com Max (Tom Hardy). É impossível não amar a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron), que rouba toda a cena e é difícil acreditar como o diretor George Miller conseguiu orquestrar mais de duas horas de filme sem deixar cair a bola um só momento. O deslumbramento cinematográfico causado pela fotografia surreal, pela trilha sonora impecável e pelas engenhosas cenas de ação, fazem de ”Mad Max – Estrada da Fúria” o melhor filme de ação de 2015 (desculpa aí Bia e ”Star Wars”, mas não tem pra ninguém).
Leia a minha crítica e não deixe de assistir esse filmaço!

 

 

Escolhas de Moni:

Que horas ela volta?

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É o primeiro da minha lista por trazer várias questões de classe e levantar diversas discussões essenciais para os dias de hoje. O preconceito é tão intrínseco que quando você, espectador, menos percebe, está julgando Jéssica (Camila Márdila) de forma classista e totalmente guiada pela visão dos patrões da Val (Regina Casé). (se você está lendo isso e dizendo “mas ela estava errada em agir da forma que agiu”, assista o filme novamente, volte duas casas e releia esse texto depois).

Jéssica é inspiradora e Val se mostra uma guerreira que demora, mas percebe tudo que sua filha quis lhe mostrar e faz o que tem que ser feito.Além de tudo isso, um filme escrito e dirigido pela maravilhosa Anna Muylaert, que entre tantos homens no mundo do cinema, mostrou a força da mulher e levantou também a questão do machismo dentro e fora das telonas.

 

O Pequeno Príncipe

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“O Pequeno Príncipe – o filme” é uma releitura de um dos maiores clássicos dos anos 1950 feita de uma forma bela e cativante. Uma animação fofa e bastante didática que envolve as crianças como filme infantil e faz os adultos  redescobrirem a criança interior. É meigo e singelo como o livro e toca em pontos importantes como a amizade e o amor.
Apesar das pequenas mudanças em relação ao trabalho original, não perde suas principais características e consegue até dar um pequeno puxão de orelha nos adultos que vivem sem tempo, como “A Mãe”. Se você ainda não assistiu, coloque na sua lista como prioridade 🙂

 

Olmo e a Gaivota

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Outro dia li em algum lugar que “Olmo e a Gaivota” é um filme que mostra o outro lado da gravidez, o lado que não é tão belo assim, o lado que ninguém diz. O filme é isso e um pouco mais, ele não só mostra todas as questões que Olívia (Olivia Corsini) tem durante a gravidez, como também o quanto isso pode afetar sua vida para sempre.
Olívia engravida e larga um emprego pelo qual batalhou durante anos, perde a oportunidade da sua vida, fica financeiramente dependente do marido e muito solitária.

É importante assistir o filme de cabeça aberta e ponderar todas as questões que são levantadas, principalmente levando em consideração tudo que aconteceu com a mulheres no mundo durante esse ano. O longa te aproxima de uma realidade que pode ser fantasia, ou uma fantasia que pode ser realidade e no final você não sabe se estava assistindo um filme ou conversando com um amigo próximo.

 

+++ EXTRAS

Jurassic World
leia nossa crítica aqui

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A teoria de tudo

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Boa Sorte

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Ponte dos Espiões

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Enquanto somos jovens

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