Velvet Buzzsaw

”Velvet Buzzsaw” tinha tudo para ser um bom filme. O longa traz a direção de Dan Gilroy (”O Abutre”) e Jake Gyllenhaal como protagonista, repetindo a dobradinha de sucesso. O longa se passa no mundo das artes, onde fama, poder e luxúria se misturam.
Conhecemos o crítico Morf (Jake) e seu trabalho, que ele considera muito sério, ao analisar a curadoria da famosa Rhodora (Rene Russo, de ”Thomas Crown”) em sua galeria. Os dois, que se conhecem há bastante tempo, possuem uma relação cheia de altos e baixos.

Logo após a apresentação de Morf, conhecemos outros personagens que fazem parte da vida do protagonista: a assistente Josephine (a britânica Zawe Ashton) e a ambiciosa Gretchen (Toni Colette, de ”Wanderlust”). A sorte de Josephine muda, da noite pro dia, quando ajuda um vizinho e após a morte dele, descobre preciosas pinturas em seu apartamento. Sem saber se o idoso tinha algum parente vivo, ela pega os rascunhos e quadros ele e toma para si, iniciando assim uma parceria com Rhodora.

Morf, ao saber das pinturas, se interessa por esse artista desconhecido e faz de tudo para que as vendas das obras aconteçam de forma rápida – e por um preço muito alto, óbvio. O artista já morreu, quem se importa com o que vai acontecer agora? O problema do grupo então começa, de forma sutil, a partir do momento em que as pinturas começam a criar vida e acabar com o pouco de sanidade que lhes resta.

O filme cria um clima sombrio e estranho, com muitas cenas escuras, diálogos sobre maldições e sonhos, mas termina de forma desconexa. Não se sabe exatamente qual a magia presente nos quadros, e isso não é importante, pois o roteiro fraco nos leva a perder o interesse logo na primeira meia hora. ”Velvet Buzzsaw” é um filme ruim que não se sustenta apenas na campanha de marketing pesada feita pela Netflix. Não perca seu tempo.

 

Cotação: Ruim