As Virgens Suicidas

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A começar pelo título, não espere que ‘As virgens suicidas’ seja um filme adolescente fofo e romântico.
A história, que é triste e pesada, ganha contornos mais leves com a direção de Sofia Coppola, que dirigiu e roteirizou o longa.

Na trama, que se passa nos anos 70, conhecemos a família Lisbon, composta pelo pai, o Sr. Lisbon (James Woods) e a mãe (Kathleen Turner) e cinco lindas e loiras filhas: Therese (Leslie Hayman), Mary (A.J. Cook), Bonnie (Chelsea Swain), Lux (Kirsten Dunst) e Cecilia (Hanna Hall). A caçula, Cecilia, de 13 anos, morre após se jogar da janela, enquanto toda a família faz uma festa no porão de casa.

O trauma se reflete nas quatro filhas restantes, que sofrem repressão da mãe, uma católica fervorosa. Toda a história é narrada pelos meninos da vizinhança, que acompanham a história de perto e são como os ‘olhos’ do espectador. A mais rebelde, Lux, de 14 anos, se envolve com o lindo Trip Fontaine (Josh Hartnett, de ‘Dália Negra’) e uma atitude sua fez com todas as irmãs sejam castigadas e afastadas da escola durante semanas.

Os vizinhos, que estão intrigados com a morte de Cecilia desde então, guardam objetos das meninas, como fotos e o diário de Cecilia, que iria ser jogado fora se eles não o tivessem resgatado.
Numa cena, a mãe castiga Lux mandando-a queimar todos os seus discos de rock de bandas como Kiss e Aerosmith.
Um dos destaques do longa, inclusive, é a trilha sonora. Sucessos de como “A Dream Goes On Forever” de Todd Rundgren; e “The Air That I Breath” da banda inglesa The Hollies são parte importante da trama.

O final é previsível, porém, o filme é lindo e transmite bem a atmosfera de sufocamento que as meninas sentem em casa, com pais religiosamente repressores. Os vizinhos das meninas, que acompanham a história de perto, ficam para sempre impressionados com o fim das irmãs Lisbon. O espectador, claro, fica intrigado junto com eles. O filme é ideal para aqueles que gostam de filmes de drama.

‘As virgens suicidas’ foi o primeiro trabalho como diretora de Sofia. Ela também dirigiu ‘Encontros e Desencontros’, ‘Maria Antonieta’ (também com Kirsten Dunst no elenco) e ‘Em um lugar qualquer’.

 

Cotação: Muito bom