Babilônia

Caótico, lindo, excessivo: ”Babilônia” celebra os erros e acertos do cinema mundial.


A história é narrada a partir do ponto de vista de Manny Torres (o novato Diego Calva), um mexicano que trabalha como assistente de um estúdio em Los Angeles. Sua primeira tarefa é bem simples: levar um elefante para uma orgia estilosa na mansão de um produtor famoso. Em outro momento, precisa pedir a um talentoso músico negro que use uma maquiagem “blackface” porque ele não estaria suficientemente negro para a câmera.

Mas Manny faz tudo isso com amor, pelo sonho mágico de Hollywood. É um sentimento similar ao do baterista de jazz (“Whiplash”), do astronauta (“O primeiro homem”), do pianista e da atriz (“La la land”): os filmes do diretor Damien Chazelle abordam esses sonhos que se transformam em desejos e que acabam virando obsessões.

Além de Manny, o filme tem mais dois protagonistas: Jack Conrad (Brad Pitt), grande astro do cinema mudo que deseja se manter no topo, mas está envelhecendo; e a doidinha Nellie LaRoy (Margot Robbie), jovem pobre do interior cuja ambição é se tornar a maior estrela de Hollywood.

Todos querem ser ricos, famosos, amados, cortejados; todos querem aplausos, prêmios, capas de revista e viagens de primeira classe, e cada um desses personagens vai fazer o que for preciso para chegar lá. Caótico e em alguns momentos até triste, essa é a bagunça megalomaníaca que faz jus ao título do filme. 

Cotação: Regular