Foto: Adriano Damas
Foto: Adriano Damas

6 perguntas para… Julia Konrad

Aos 30 anos, Julia Konrad é Gabriela, uma das protagonistas da série ”Cidade Invisível”, o mais novo sucesso da Netflix. A atriz, que nasceu em Recife, fala nessa entrevista exclusiva sobre o trabalho na série, a preparação para viver a personagem e como une suas facetas de atriz, cantora e digital influencer.

Confira:


1. Julia, primeiramente muito obrigada por conversar com a gente! Queria começar perguntando como surgiu o papel de Gabriela na série ”Cidade Invisível” e como foi a preparação para viver a personagem.
Eu que agradeço o espaço! O convite para Gabriela veio em julho de 2019, logo após o término de gravações da novela “O Sétimo Guardião”. A Gabriela é uma personagem incrível, a ligação dela com a família e a luta pela preservação do meio ambiente foram o que mais me chamaram atenção de início para a personagem. O projeto como um todo foi um grande presente. É muito especial poder participar de uma produção que mergulha a fundo nas raízes, lendas, e espiritualidade do Brasil, abordando pautas importantes como a preservação ambiental.
A preparação da personagem foi muito em função de criar laços com a filha e o marido, criar “memórias” junto com a Manu e o Marco [Pigossi, o protagonista da série]. Como a morte da Gabi acontece logo na abertura da história, era muito importante retratar a conexão entre os três, pai, mãe e filha, para que o luto do Eric [Marco Pigossi] tocasse de uma forma avassaladora, e a falta da Gabi servisse como o “drive” do personagem durante a série inteira.

2. Gabriela é uma ativista ambiental forte e decidida. Em sua opinião, como a série pode abrir os olhos dos espectadores para as questões ambientais brasileiras?
A preservação ambiental é uma pauta urgente no Brasil, hoje mais do que nunca. Importante que abordemos esses temas de uma forma responsável em todas as frentes, e acredito que a série faz isso com o cuidado necessário. Quem sabe em uma segunda temporada essas pautas possam ser ainda mais aprofundadas?

3. Você esteve no elenco de ”Geração Brasil”, ”Sete Vidas” e ”O sétimo guardião”, todas novelas da Rede Globo. Filmar uma série é um ritmo diferente? Como foi a experiência?
Com certeza! Participei das duas últimas temporadas de “Um Contra Todos”, do Breno Silveira e de “(DES)Encontros”, do Rodrigo Bernardo, então já me sinto em casa no processo. A dinâmica de uma novela é diferente, primeiro por conta da duração do projeto, e segundo porque é uma obra aberta – você não sabe o arco completo do personagem quando começa, vai construindo isso aos poucos, junto com o público, o que pode ser muito prazeroso, assim como ir assistindo o processo enquanto ele está acontecendo… Já séries e longas permitem um aprofundamento maior no estudo da dramaticidade. São obras fechadas, então a gente consegue desenhar esse arco de uma forma mais concreta e segura, desde o início. E claro, fica aquele frio na barriga gostoso durante a espera do lançamento, só vemos o resultado final meses depois!

4. A Netflix está investindo muito em séries brasileiras, como por exemplo os sucessos ”Coisa Mais Linda”, “O Mecanismo ” e ”Bom Dia, Verônica”. Como você enxerga essa potência nacional tendo espaço em milhares de casas e celulares ao redor do mundo?
Acho isso uma loucura! (Risos) É muito especial ver o audiovisual brasileiro sendo tão bem recebido mundo afora. Temos um repertório praticamente infinito aqui no Brasil, e é muito bonito ver isso ser descoberto mundialmente. Vi que a série está sendo vista em países muito distantes, como Sri Lanka, e achei isso sensacional! É uma troca cultural muito importante.

5. Além de atriz, você canta e é uma voz forte nas redes sociais. Como você administra todas essas ”Julias” que existem em você? Você tem algum papel/projeto dos sonhos?
Quando eu descobrir, eu te falo! (Risos)
Brincadeiras à parte, pode até parecer uma loucura de fora, mas tudo se dá de uma forma muito orgânica. Não acho que sejam várias Julias, e sim várias facetas de uma só. Não acredito em rótulos ou caixinhas, às vezes a gente se prende tanto a uma delas que não se permite explorar todo nosso potencial. Já papel ou projeto dos sonhos, tenho vários, alguns deles já começando a tomar forma. Quem sabe em breve possa falar mais!

Pôster da série


6. Deixe dicas de séries e filmes que você assistiu recentemente para nossos leitores conhecerem.
Não vou deixar essa oportunidade passar de fazer um jabá, então deixo aqui a indicação de “Um Contra Todos”, série do Breno Silveira, e “Paraíso Perdido”, longa de Monique Gardenberg. São dois projetos que participo e que foram muito especiais. Vale a pena conferir!

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