Crítica: ”Elis – A Musical”

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Com um elenco numeroso (19 atores em cena), afinado e afiado, ”Elis – A Musical” conta a história da grande cantora Elis Regina desde seu início nas rádios de Porto Alegre, ainda adolescente, até a chegada no Rio de Janeiro, as polêmicas, os amores e o sucesso.

Elis sempre quis cantar – para desgosto de sua mãe, que sonhava em ter uma filha professora. Com o pai, ela veio para o Rio de Janeiro conhecer Carlos Imperial e assinou um contrato com uma gravadora. Após algumas complicações, a menina foi cantar no Beco das Garrafas para conseguir se sustentar na cidade e lá conheceu duas pessoas que seriam de grande importância em sua vida: Miele e Ronado Bôscoli.

Suas primeiras aulas de expressão corporal com Lenny Dale, a apresentação do programa ”O fino da bossa” ao lado de Jair Rodrigues, a relação complicada com Ronaldo Bôscoli (pai de seu filho mais velho), a amizade com Nelsinho Motta, o segundo casamento, com César Camargo Mariano, a montagem do espetáculo ”Falso Brilhante”: todas as fases da vida da cantora, até sua morte, em 1982, estão representadas na peça, que tem  2h10min de duração.

Laila Garin dá um show como a ”Pimentinha”, porém o resto do elenco também não decepciona: Tuca Andrada, Claudio Lins, Caike Luna, Reynaldo Machado, Leandro Melo, Ricardo Vieira, Leo Diniz, Pablo Áscoli, Aurora Dias, Guilherme Logullo, Alessandro Brandão, Lincoln Tornado, Thiago Marinho, Juliana Marins, Lana Rhodes e Lilian Menezes estão perfeitos tanto em suas caracterizações quanto no fato de encararem o desafio de cantar, dançar e atuar.

Entre as interpretações mais emocionantes podem se destacar  ”Casa no campo”,”O bêbado e o equilibrista” e ”Como nossos pais”. Com ingressos esgotados em praticamente todas as sessões e preços considerados ”salgados” por alguns (assentos VIP saem por R$ 190,00), ”Elis – A musical” não decepciona e vale cada centavo.

 

Cotação: Muito bom

 

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