Natalie Portman falou sobre o medo que sentiu ao ser sexualizada pela mídia e pelo público após despontar em Hollywood com ”O Profissional” (1994). Em conversa com Jenna Ortega para a ”Interview Magazine”, a atriz falou sobre como cresceu protegendo sua privacidade e como isso afetou a percepção pública sobre ela.
“Quando era criança, fui muito sexualizada, algo que acho que acontece com muitas garotas nas telas. Me sentia muito assustada”, disse Portman. “Obviamente, a sexualidade é algo muito importante quando você é jovem, mas eu queria que isso fosse algo interno, não algo direcionado a mim. Senti que um jeito de me proteger era [me projetar] como ‘sou séria. Sou tão estudiosa. Sou inteligente e esse não é o tipo de garota que você quer”.
A atriz, ganhadora do Oscar por ‘Cisne Negro’, disse que transformar sua imagem foi essencial para que ela fosse “deixada em paz”. Portman reforçou que é “boba” em sua vida privada, mas “as pessoas acham que sou essa pessoa super estudiosa”.
Vale lembrar que a estrela frequentou a Universidade de Harvard, onde se formou em 2003 em Psicologia, e é fluente em hebraico, francês e espanhol.
Ela disse que esse distanciamento a ensinou a manter sua privacidade e a de sua família. “Ficou claro para mim muito cedo que você precisa dizer o quanto você é fechada, sua privacidade é muito mais respeitada. Criei uma barreira com que posso dizer ‘não farei ensaios fotográficos com meus filhos.'”
Portman ainda reforçou a importância de ter cada vez mais mulheres nos sets de filmagem. “[A indústria] ainda é muito masculina, mas o debate em torno disso com certeza ajudou muito. Sinto que o departamento de cabelo e maquiagem sempre foi o espaço feminino. É um estereótipo, mas é verdade… Então sempre teve esse pequeno espaço no set em que, quando criança, me sentia protegida e cercada por mulheres e, à medida que envelheço, tem se tornado mais e mais importante para mim trabalhar com mulheres. Às vezes você é escalada como a [única] garota do filme, ou há outras mulheres, mas vocês nunca têm cenas juntas.”
