Scarlett Johansson reflete sobre “objetificação” no inicio da carreira: “Não conseguia sair desse ciclo”

Prestes a fazer sua grande estreia como diretora de um longa-metragem na 78ª edição do Festival de Cannes, a atriz Scarlett Johansson fez uma retrospectiva do início de sua carreira e refletiu sobre ter sido sexualizada quando era mais jovem.

A artista fez sua primeira aparição no cinema em “North” (1994) e, desde então, estrelou filmes de sucesso de crítica e de bilheteria, como “Encontros e Desencontros” e “Viúva Negra”, além de ter garantido sua indicação ao Oscar. Em breve, ela retorna às telonas em frente às câmeras em “Jurassic World: Rebirth” e por trás dela, na cadeira de diretora em “Eleanor the Great”.

Johansson contou que após estrelar “Encontros e Desencontros”, romance em que interpretou o interesse amoroso de Bill Murray, aos 17 anos, suas únicas ofertas de trabalho eram para interpretar um “objeto sexual”.

“Depois de ‘Encontros e Desencontros’, todos os papéis que me ofereceram durante anos eram ‘a namorada’, ‘a outra mulher’, um objeto sexual. Eu não conseguia sair do ciclo”, disse ela em entrevista à Vanity Fair. “Eu me sentia como se dissesse: ‘Acho que essa é minha identidade agora como atriz’. Não havia muito que eu pudesse fazer com isso… o setor funcionou assim para sempre.”

A artista revelou que hesita em usar o termo “pesado”, mas com o passar dos anos, teve uma nova percepção sobre sua experiência. “Você está vestindo as roupas que quer, está se expressando e, de repente, se vira e pensa: ‘Espere, sinto que estou sendo’. Não quero dizer explorada porque é uma palavra muito severa”.