Foto: João Caldas
Foto: João Caldas

Crítica: ‘O Método Grönholm’

Escrita pelo espanhol Jordi Galcerán, a peça ganhou vida depois que o autor leu nos jornais o caso de papéis encontrados numa lixeira, na porta de uma rede de supermercados na Espanha, que continham anotações realizadas durante a condução de uma dinâmica de grupo. As folhas traziam comentários abjetos e preconceituosos que estigmatizavam e ridicularizavam os concorrentes.

A peça se passa toda no mesmo ambiente – uma sala de reuniões de uma empresa – e ali conhecemos 4 candidatos que irão participar de uma dinâmica de grupo para o preenchimento de uma vaga muito cobiçada. Não sabemos muito sobre a vaga nem suas atribuições, mas parece ser o emprego dos sonhos. Eles serão observados como que em um reality, de forma uma pouco assustadora.

Nesse jogo de cena, os quatro personagens precisam resolver alguns cases para saberem quem é o mais qualificado entre eles. E aí acontecem as situações mais patéticas e constrangedoras (sem spoilers aqui); a menina que é vista como menos inteligente por ser bonita, o rapaz que se envolveu num escândalo na empresa anterior mas não quer que ninguém descubra, entre outras.

Muito bem estruturada, a peça flui e o elenco instaura um jogo cômico que faz pensar e fascina, fazendo os 70 minutos passarem rápido. A peça tem direção do ator e roteirista Lázaro Ramos e codireção de Tatiana Tibúrcio. Não deixe de conferir.

Cotação: Muito bom

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