Vida

Com direção do sueco Daniel Espinosa (”Crimes ocultos”), ”Vida” é provavelmente um dos melhores filmes do ano que você não vai assistir. Tido por grande parte da crítica como ”ficção classe B”, o filme pode passar batido aos olhos dos mais desatentos ao escolher uma sessão na bilheteria do cinema, mas não se engane: tenso e assustador, o longa merece sua atenção.

A trama começa numa nave, onde está a equipe de astronautas liderada por Ekaterina (Olga Dihovichnaya): o engenheiro Rory (Ryan Reynolds, o ”Deadpool”), o médico David (Jake Gyllenhaal, do excelente ”O Abutre”), Sho (Hiroyuki Sanada), responsável pela comunicação, e os cientistas Miranda (a sueca Rebecca Ferguson, de ”A garota no trem”) e Hugh (Ariyon Bakare). Eles recolheram uma amostra alienígena que não demonstra nenhum tipo de reação e cabe a Hugh fazer que com o ser ”desperte” para que possa ser estudado.

Como não poderia deixar de ser, o alien, chamado Calvin, ganha vida – e Hugh é o primeiro a sofrer as consequências do contato. Inteligente e rápido, Calvin começa a perseguir o restante da equipe dentro da nave, criando um clima de terror e desespero no espectador. O filme tem tons de ”Gravidade” e ”Alien”, e rendeu uma boa mistura mesmo se baseando num tema já um pouco batido e conhecido do grande público (não custa lembrar que em maio teremos mais um filme de Ridley Scott estreando no Brasil). Mesmo com algumas cenas clichês, ”Vida” é bem feito e foi roteirizado por Rhett Reese e Paul Wernick (responsáveis por nada menos que “Deadpool” e “Zumbilândia”).

 

Cotação: Bom