O homem irracional

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Não é sempre que Woody Allen acerta. Reza a lenda que ele faz filmes alternados: um bom, um ruim, um bom, um ruim. Pela sequência, após o fracassado ”Magia ao Luar”, que foi lançado ano passado, ”O homem irracional” deveria ser o ”filme bom”. E realmente é.

Na trama, conhecemos o professor Abe Lucas (Joaquin Phoenix), um homem triste e alcoólatra, que chega numa nova universidade para lecionar. Despertando a curiosidade de todos, inclusive da aluna Jill (Emma Stone), Abe vira uma espécie de celebridade no campus – tudo o que faz vira fofoca, as pessoas o observam e todos tem alguma coisa para contar sobre ele.

Jill começa a se interessar pelo professor, a ponto de terminar com seu namorado, o fofinho Roy (Jamie Blackley). Um dia, Jill e Abe estão num restaurante e escutam uma conversa perigosa, que desperta sentimentos adormecidos em Abe e faz com que ele cometa atos pelos quais irá se arrepender para sempre. Baseado no russo ”Crime e Castigo”, livro de Dostoiévski, ”O homem irracional” é um filme intenso, surpreendente e bem feito – um filme Woody Allen, do começo ao fim.

Emma e Joaquin estão excelentes em seus papéis de aluna cheia de vida e professor depressivo e problemático. Os figurinos são lindos e adequados; e a trilha sonora é moderna, rápida, acompanhando a agilidade da trama. O roteiro foi escrito pelo próprio Allen e a fotografia ficou por conta de Darius Khondji (”Meia noite em Paris”, ”Para Roma com amor”, entre outros).

 

Cotação: Muito bom