Bons meninos

Crescer não é fácil. Bons filmes sobre o despertar da adolescência já foram feitos, mas sem dúvida ”Bons meninos” é o mais sem noção deles.
O longa segue o trio Thor (Brady Noon), Lucas (Keith L. Williams) e Max (Jacob Tremblay). Amigos desde a infância, o trio agora já está na idade de reparar em meninas e ir nas primeiras festas, e Max já avançou um passo em direção à adolescência: só pensa em meninas. Assim, convence os amigos a ajudá-lo a comparecer a uma “festa do beijo”, mote da trama e que acarretará uma sucessão de problemas para os amigos.

Decididos a fazer acontecer, os jovens de 12 anos aprontam todas e se envolvem com meninas mais velhas, descobrem brinquedos sexuais (uma das melhores cenas do longa) e esbarram em policiais dentro de uma loja de bebidas.
Por conta da trama tresloucada, as semelhanças com o clássico ”Superbad” são imediatas, assim como a dinâmica entre os protagonistas, que esbanjam simpatia. O filme costura bem as situações ao misturar a curiosidade dos pré adolescentes com a inocência do fim da infância.

Cheio de referências pop e alguns palavrões, o filme poderia facilmente cair no vulgar, mas passa longe disso. A trama é bem bolada e diverte. A direção é do ucraniano Gene Stupnitsky, de ”Ano um” e ”Professora sem classe”. O filme está disponível no Telecine (rede de canais a cabo).

Cotação: Bom